sexta-feira, 18 de julho de 2008

A SOLIDÃO DOS OUTROS V: as leituras das leitoras de Paul Auster

O primeiro post sobre a solidão, publicado em 1º de junho de 2008, rendeu dois comentários interessantes.

No dia 27 de Junho, minha amiga Flávia, que ao visitar este blog sempre deixa comentários deliciosos, disse sobre Paul Auster:

“Paul Auster deve mesmo ter uma relação muito íntima, mas também muito obsessiva com a solidão. Na Trilogia de Nova York (em que há o ótimo City of glass), este bonde chamado solidão conduz o leitor a um desprendimento da convivência social para acompanhar um detetive em seu isolamento voluntário em busca de uma verdade. Eis a solidão da personagem, do leitor e do autor, não formando um triângulo, nem amoroso nem odioso, mas um círculo igualmente solitário que se vicia no jogo observo, me isolo para observar/ atuo, me isolo para atuar/escrevo, me isolo para escrever. Paradoxal, pois o círculo se fecha unindo todos os pontos que, julgavam-se, a sós.

Desconsidere. Estou surtada. Flávia.”

Em resposta ao comentário da Flávia, no dia 11 de julho, Mariana Maffei disse:

“Fantástico comentário. Ah se todos os surtos fossem assim...

Atualmente estudo com uma Cia de dança que já fez um espetáculo baseado neste livro: KeyZetta.

... Estou aqui de passagem.”

Acho que desta vez a solidão perdeu. Dois a zero.

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