domingo, 30 de setembro de 2012

Morreu o homem, mas o mestre permanece


Autran Dourado (1926 - 2012): "Escreve-se para chegar ao nada"

Morreu o homem. Mas o mestre, este permanece para sempre. Descanse em paz, mestre.

“Há quanto tempo estou aqui olhando o jardim e me abismando nas minhas novas sensações? O que aconteceu ontem, repetido de maneira diferente a cada vez que me lembro. A tesoura suspensa, os dedos segurando a haste da margarida, não me animo de cortar a flor. Estou feliz, quero ver a sala toda enfeitada.” Autran Dourado, in: Ópera dos fantoches

“Escreve-se para chegar ao nada. O enredo, por exemplo, é uma das coisas menos importantes no romance. É o artifício que o autor usa para prender o leitor, para engabelá-lo enquanto bate sua carteira”. Autran Dourado, In: Folha de S. Paulo, entrevista, 30 de julho de 2005.



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