quarta-feira, 2 de outubro de 2013

De amizades e livros: trecho de reportagem sobre Philip Roth


“Philip Roth teve seu primeiro livro editado por Veronica Geng antes que os dois se encontrassem pessoalmente e se tornassem amigos rapidinho – ou, como o próprio Roth relembra: 'Quando começamos a nos fazer rir”.

Geng era editora desta revista (The New Yorker), além de uma escritora de aguçadas sátiras sociais, quando escreveu para Roth no final dos anos 70, dizendo o quanto admirava sua obra e perguntando se ele não tinha alguma coisa que a New Yorker pudesse publicar.

Quinze anos antes, Roth tinha aparecido nestas páginas (da New Yorker), mas a revista já tinha sido considerada o país de (John) Updike. Roth diz que ali concluíra que o poder local 'Não gostava dele'.

(15 anos depois) Roth não tinha um conto para oferecer naquele momento. Mas tinha acabado de escrever um romance, The Ghost Writer (que em português saiu com um título imbecil: Diário de uma ilusão), e ele o enviou para Geng ler.

A reação dela, disse mais tarde a Roth, foi marchar rumo à mesa do editor da revista, William Shawn, colocar o manuscrito sobre a mesa e dizer: “temos de publicar o livro todo” (“We should publish the whole thing.”).

The New Yorker publicou o livro todo, em dois números, no verão de 1979, colocando-o na ilustre companhia de Hiroshima, de John Hersey, Eichmann em Jerusalém, de Hannah Arendt, A sangue frio, de Truman Capote, e Primavera silenciosa, de Rachel Carson, livro este que nos alertou para um apocalipse ambiental.”

Este é o trecho de uma reportagem muito boa sobre Philip Roth e seus amigos, na revista The New Yorker, por Claudia Roth Pierpont, intitulada O livro do riso. Pena que não se pode ter acesso total se não for assinante, como não sou. Esse aperitivo é para nós, leitores do Giba, com uma tradução modesta (perdoem).

Nenhum comentário: